A gestão do prefeito Márcio Corrêa entra no quinto mês com a língua pra fora. Exausta. O que se vê até agora é uma administração desgastada, ainda tentando se desvencilhar dos entraves herdados da gestão anterior, de Roberto Naves.
Problemas grandes, complexos e, ao que tudo indica, deixados com uma boa dose de má vontade, como armadilhas planejadas para dificultar o início do novo governo. Uma herança maldita que transformou a prefeitura num verdadeiro campo minado. Márcio, por sua vez, pecou ao tentar resolver tudo no grito, na pressa, no improviso. Agiu como quem tenta apagar incêndio com balde furado, corre de um lado pro outro, mas a chama continua.
A busca por soluções instantâneas, sem o devido planejamento, só fez aumentar o desgaste de uma equipe que já entrou em campo pressionada. E o tempo, sempre implacável, foi passando. São quatro meses que voaram, e só agora parece que a gestão começa a respirar fundo, repensar estratégias e, finalmente, planejar antes de agir.
É um início difícil, e ninguém esperava moleza. Mas será que essa exaustão vai, de fato, se transformar em aprendizado? Será que a gestão vai conseguir, enfim, sair do improviso e partir para o planejamento real? Fica a expectativa de que o cansaço traga juízo, e que os próximos meses não sejam mais do mesmo, correria em vão.