23 de maio de 2025

O espetáculo da fofoca, o teatro do poder da política e a conta que sobra para o povo

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“A única coisa que se espalha mais rápido que a doença é a fofoca.”

Essa frase, compartilhada com o intuito de provocar reflexão, foi duramente criticada. Alguns disseram que ela é um retrato cruel da nossa sociedade, e infelizmente, é mesmo. Não porque aponta o povo como vilão, mas porque escancara a verdade, estamos adoecidos por um sistema onde a mentira virou estratégia, a fofoca virou arma, e o entretenimento é manipulado por quem deveria governar.

Mas essa doença tem nome, tem método e tem responsáveis.

De um lado, o atual prefeito Márcio Corrêa, que segundo investigações da Polícia Civil, é o mandante-chefe de uma rede de perfis falsos responsável por espalhar calúnias, difamações e ataques pessoais nas redes sociais. A operação que revelou essa trama, chamada de Operação Máscara Digital, não apenas desvendou um esquema criminoso, mas também revelou o quanto a política local foi contaminada pela mentira como instrumento de poder.

De outro lado, a turma do ex-prefeito Roberto Naves, que também fez uso de blogs e portais sustentados com recursos políticos para atacar adversários. Ele mesmo admitiu que, ao final de sua gestão, só era criticado por aqueles que não estavam mais na folha. Disse até que divulgaria uma lista, mas a tal lista nunca apareceu.

Sobre as verdades, ditas de maneira anônima, e a politização de assuntos pessoais, com certeza, de uma forma ou de outra, isso irá continuar, porque esse é o Brasil.

Então a pergunta que ecoa é simples, quem está certo nessa história?

A resposta é dura, mas necessária, ninguém.

Porque enquanto eles brigam pelo poder, enquanto trocam acusações, enquanto alimentam guerras digitais e campanhas subterrâneas, quem perde de verdade é o povo. É o trabalhador que segue sem saúde de qualidade. É a mãe solo que luta por um diagnóstico precoce para seu filho autista e não encontra apoio. É o servidor público que se dedica e é humilhado. É o cidadão comum, que tenta entender o que é verdade e o que é mentira em meio a uma avalanche de fake news.

Estamos cansados de escolher entre o menos pior. Ambos representam um sistema onde o poder vale mais que a ética, e onde a comunicação virou munição.

Mas chega.

É hora de exigir investigação, responsabilização e justiça. Que todos paguem pelos seus crimes, os de ontem e os de hoje.

Acima dos interesses políticos, existe um lado que precisa, urgentemente, de atenção, o lado do povo. É nele que deveríamos estar todos, e é por ele que devemos continuar lutando.

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