Quase todos concordam, Antônio Gomide foi um bom prefeito. Não é? No imaginário popular, os parques, praças e benfeitorias realizadas por ele nas gestões em que administrou, se tornaram parte da memória afetiva dos anapolinos.
Sim, a nossa cidade era pobre demais nos quesitos citados acima, e quando menos esperávamos, Anápolis passou a figurar em listas de “melhor lugar para se viver” ou “cidade com maior qualidade de vida” do Brasil.
Concordamos também que não se transforma a vida cotidiana de cidadão algum dando a ele apenas sensação de conforto e felicidade, é preciso muito mais. E mesmo assim:
Antônio quis voar.
E voou. desde que deixou “Santana das Antas” para ser candidato a governador, poucas vezes se posicionou a favor ou contra qualquer coisa com a mesma veemência da época em que viveu seus primeiros mandatos na câmara. Aliás, ele até voltou a ser vereador, mas foi só um trampolim, a intenção verdadeira sempre foi novamente ser prefeito. Não deu certo. Roberto levou a reeleição e deixou Gomide sem saber o que havia feito de errado.
“Será que foi culpa do João, culpa do 13 ou foi somente fato de eu ter largado o mandato para tentar o governo do estado?” Imagino que era isso que martelava a cuca do petista em 2020.
“Quem foi ao vento, perdeu o assento”. Gomide descobrira que o vento realmente faz voar. Enquanto isso, os mandatos de deputado estadual exercidos por ele parecem ser apenas um passa-tempo até a próxima disputa para o executivo.
E assim, o tempo passou.
Amanhã teremos outra eleição para prefeito e ele segue firme na quarta disputa. Se perder, desta vez será para Márcio Corrêa, que está na segunda tentativa.
Este, se mostrou incansável. Perdeu uma eleição para prefeitura e outra para a câmara federal, e mesmo assim, não saiu de cena em nenhum momento. Vocês se lembram daquele ditado que diz que: “Quem não é visto, não é lembrando”? Pois é, em resumo é o que está acontecendo em Anápolis.
Enquanto Gomide sumiu durante quatro anos – e não é a primeira vez que isso acontece – o Tal do Márcio, Marcin, Dr Márcio, não saiu de cima do “trem”. Correu atrás de um partido que o favorecesse, andou atrás de gente pra pedir votos para ele, organizou uma estrutura de mídia e até o mandato de deputado federal deu jeito assumir, já que ele havia ficado na primeira suplência em 2022.
Dizem que a persistência vale mais do que o talento. E aí, quem será o próximo prefeito de Anápolis?