A política anapolina, mais uma vez, mostra que nos bastidores reina a velha prática do “toma lá, dá cá”. O mais novo capítulo dessa novela se desenrola em torno da retirada de assinatura da vereadora Thaís Souza (Republicanos) da CEI da Fofoca, uma comissão que busca apurar crimes graves cometidos por uma rede de perfis falsos usados para caluniar e difamar adversários políticos, com fortes indícios de envolvimento direto do prefeito Márcio Corrêa.
A justificativa oficial de Thaís Souza (Republicanos)? “Motivos familiares”. Uma explicação vaga, frágil e pouco convincente diante da gravidade do assunto, e da responsabilidade esperada de uma parlamentar eleita para defender o interesse público, e não se esconder atrás de desculpas protocolares.
Mas a verdade por trás desse recuo parece bem diferente. Segundo informações de bastidores, a retirada da assinatura teria ocorrido após o prefeito Márcio Corrêa aceitar diversas indicações políticas feitas por Thaís Souza (Republicanos), indicações que, inclusive, já constam no Diário Oficial do Município. A articulação teria sido intermediada pelo vereador Jakson Charles (PDT), conhecido por seu alinhamento com o Paço Municipal, e sua habilidade em manobras de bastidores.
Ao retirar sua assinatura, Thaís Souza (Republicanos) não apenas enfraquece a comissão, que perdeu força para seguir adiante, mas também sinaliza que seus interesses políticos imediatos pesam mais do que a verdade e a justiça. O apoio ao prefeito, nesse momento, soa como cumplicidade com o silêncio e a omissão.
A pergunta que fica é: quantas nomeações valem o silêncio da vereadora?
O povo está atento, e não esquece quem age para proteger seus próprios interesses em vez de enfrentar a verdade.